segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Dor Unicamente Minha

 É estranho, sabe… querer tanto alguém que parece não querer de volta. A gente se estica, se dobra, se entrega, e a outra pessoa… olha pra gente como quem olha pela janela de um trem que passa. Você está lá, de braços abertos, oferecendo presença, cuidado, tempo, e recebe silêncio ou distração.

E dói. Dói sentir que sua vontade de estar junto, seu desejo de proximidade, não encontra reciprocidade. Que cada gesto seu parece pequeno diante da indiferença alheia. E mesmo assim, você insiste. Porque o coração não tem manual de instruções, não sabe quando desistir.

O pior é que a mente tenta se convencer de que talvez seja você que tá exagerando, que talvez esteja cobrando demais… mas não está. Querer estar com alguém que não quer estar com você é sentir solidão mesmo quando está acompanhado. É uma ferida que arde, e que só cicatriza quando você encontra coragem de se colocar em primeiro lugar — ou quando o outro finalmente decide estar de verdade.

Enquanto isso, resta a dor, o desejo, e aquela estranha esperança de que um dia ele possa enxergar o que sempre esteve ali, na sua entrega silenciosa.


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